Falar de coisa séria.
- Susane Villano
- 27 de nov. de 2017
- 3 min de leitura
Atualizado: 6 de jan. de 2022

Abro o insta de uma amiga e vejo esta foto.
Leio uma mensagem do grupo Pizza com carne Seca : "- Vocês viram aquela moça louca atacando a filha do Bruno Galiasso porque a menina é negra?" - Vou no google e assisto o vídeo.
Sento pra ver tv , dois jornais sequencialmente noticiam o acontecido.
Já quero dizer que nunca fui afundo no tema racismo, mas sei que quando a discussão se abre, o tema é calorosamente pautado, pontuado, opniões são colocadas com muito sentimentos . Tenho amigos de muitas opniões, de esquerda, direita, centro-direita, centro o caralh-piiiiiiiiii não somente em discussões raciais, mas políticas, religiosas, econômicas...
Enfim, nunca entro de sola, mas eu escuto, escuto e escuto muito, até provoco pois quero escutar mais e mais e entender mais e mais a cabeça do ser humano que ladra e as vezes não morde.
E pra mim é este o ponto: o ser humano, o indivíduo. A "socialite que mora no Canadá" - cri cri cri...- é um exemplo dos tempos atuais que fabrica mais imagem do que bons seres humanos, é o exemplo do ser superficial, doente que não cria metas de vida. Para mim é minoria.
Imagine se o foco fosse o ser humano, a descoberta desta máquina, o que a união desse ser que é a imagem e a semelhança de Deus em diferentes formas , em diferentes cores, é capaz.
Poxa, e aí vem este negocio de cor?? Tão pequeno!
Não me interpretem mal, não estou desvalorizando o que aconteceu, pelo contrário, fico indignada que esta discussão ainda exista!
Já me falaram, mas você toda européia de olhos azuis nunca sofreu um preconceito, não sentiu na pele? Mas eu digo sim, uma vez, já sofri por ter meus olhos azuis e pele mais que transparente, não cheguei no ponto de sentir humilhada pela vergonha de ser expulsa ou ter tomado um soco na cara, mas senti aquele arrepio de medo de olhares duvidosos. Foi uma noite, uma balada de black music que sempre frequentei, mas que naquele dia a vibe era outra...
Não é porque sou negra, amarela, parda ou branca. É a falta de respeito ao indivíduo como seres semelhantes, vindos do mesmo céu, da mesma luz. De um só criador.
Eu sei que se fosse com um filho meu eu estaria a ponto de bala! Tchum, na testa, sem dó , esquecendo tudo isto sobre sermos filhos de Deus...mas sou contra vitimismos ou meritocracias extremas. Sou um ser comum, pecadora em muitas ações e pensamentos e luto dia a dia para ser um pouquinho mais evoluída, travo a minha batalha interna por questões karmicas, pela forma como me apresentaram a vida, pelo que hoje captei e entendi ser certo ou errado.
Precisamos de foco em nossos ensinamentos e aprendizados. Eles devem ter bases e entendimentos bens sólidos , temos tantos exemplos, por exemplo o evangelho de Jo 15,12-17 diz: "Amai -vos uns aos outros assim como eu vos amei."
Ainda escuto que pensamentos conservadores não valem...claro que valem acho que são os que mais valem, só devemos prestar atenção na interpretação. Entender que a palavra "conservador" o contrário de "atual", nem sempre é o careta, o que não vale. E entender que o atual renova mas nem sempre ignora ensinamentos antigos, pois a formula ainda funciona, não é mesmo? É só o ajuste, a atualização de cada era.
Nossa caminhada ainda é longa. A humanidade precisa se unir para criar junto leis de vida para a evolução planetária. Uma escola para a evolução do planeta Terra, acima de tudo. Aí sim, abriremos caminhos, teremos notícias que nos deixariam embasbacados em tudo o que poderíamos fazer e ser.
Parou pra interpretar direito a imagem da família Galiasso? É o algo a mais, é a família, a maternidade, a paternidade, a cumplicidade do casal, a força para viver e cuidar do outro. A cor é apenas um detalhe...
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